O Plano (22 a 23)
22
- Ce acha bom atirar nos zotros neh Seu filho da puta. Vamo ver se ce gosta de tomar tiro tambem! - Leandro estava num mix de medo e odio. Falar doia.
Jairo estava la parado na frente de Leandro.
Leandro se assustou ao ver o velho Caindo de joelhos chorando e agradecendo com os olhos fechados e as maos juntas ao peito.
- Oh meu Sao Francisco de Assis. Obrigado meu senhor, deus dos deuses, oh pai, tu és maior. - Jairo estava fora de si. Parecia que ter atirado em alguem foi demais para ele.
preferia morrer como Cristao do que viver como assassino. Podemos dizer até que ficou feliz ao ver leandro em pé. Aparentemente fora de perigo mortal.
Leandro nao entendeu muito bem a situação mas nao teve coragem de atirar.
abaixou a arma.
- Ta bom ta bom, chega de rezação. E essa sua arma de Airsoft nao mata ninguem. Ainda mais na distancia que tava. - Disse leandro olhando pra arma.
Jairo nao sabia do que se tratava o tal airsoft mas estava feliz. Levantou, abraçou o jovem.
- Ei ei, calma ai. Eu sou o bandido aqui, ce esqueceu?
- Voce é filho de Deus assim como todos nós meu Jovem. Voce tem salvação. Vejo nos seus olhos que voce nao é mau.
- Ta eu posso nao ser mal, enfim. Tenho q ir embora olhar esses dentes quebrados aqui. Ou ce vai querer me prender aqui ate a policia chegar?
- Nao chamei policia. Seu Frederico nao gosta de noticias ruins com nome dele circulando por ai. Ele é um otimo patrao. Comprou esse cortador, trouxe de fora do pais.
- ta ta, beleza. Desculpa o transtorno, a gente só queria pegar um pouco da riqueza do seu Frederico ja que ele tem tanto.
Mas agora vejo que nao foi boa ideia. - Leandro estava sendo sincero - prometemos nunca mais voltar. O senhor tem Minha palavra. Me chamo Leandro. - Leandro estava cansado daquilo tudo.
Seu jairo Levou Leandro até o portaozinho.
- é melhor eu chamar um taxi do que passar naquele bairro que tem ali na frente neh? - Leandro frequentou aquele bairro algumas vezes. Comprava maconha da melhor qualidade ali. O traficante
se chamava Raspa, mas em breve estaria morto e outro o substituiria. Assim como todos nós, na verdade.
Seu Jairo ligou para o taxi. Enquanto esperavam o taxi leandro contou como eram inexperientes e que na verdade só roubaram prataria.
Seu Jairo estava feliz, a situação nao terminara em tragedia como ele previa.
O taxi chegou.
"Toca pra Capelinha"
Seu Jairo entrou na casa, fechou o portaozinho,
pegou a agua da oficina, jogou na entrada da casa, limpou o sangue. Foi para a pequena capela que havia na casa e agradeceu até adormecer de joelhos.
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23
Diogo andava na sala de um lado pro outro impaciente. Chegou em casa achando que todos ja estariam la. Esperava que quando chegasse lucas estaria fumando alguma coisa, fazendo cafe e falando como
eles foram burros nisso nisso e naquilo. Percebeu que teria que fazer o papel de Lucas, Colocou agua no fogo, procurou o cuador, o cafe ficava dentro da geladeira em uma vasilha roxa
de sorvete. Lucas cismava que po de cafe se guarda na geladeira para conservar sei la o que. Pegou o pote roxo. 7 colheres cheias, sem açucar. Sentou pra bolar um.
Nao havia raxixe, nem beck. Tinha tabaco. "É o fim dos tempos mesmo" pensava Diogo e bolou um tabacoso.
Sentou no sofa maior, achou isqueiro, ja ia acender, a porta abriu. Era Lucas.
- Caralho, ainda bem que ce ta vivo! - Lucas ficou feliz de mais ao ver aquele idiota.
- Estamos irmao. Achei que ces ja iam ta aqui. To fazendo cafe. - Diogo acendeu o tabacoso.
- Estamos em parte. Leandro esta morto ou quase.
Diogo cuspiu toda a fumaça num susto
- COMO ASSIM?
- Ce nao viu nao? O tiro pegou em cheio na boca do Leandro mano.
- Nao Velho, Nao VELHO. - Diogo entendendo que a noite nao tinha sido assim tao boa.
- Eu ouvi o tiro, corri, Olhei pra tras pra ver se vinha alguem, sei la, mas a unica coisa que vi foi Leandro caindo pra tras, boca sangrando que nem cachoeira. Dai pra frente eu
ja tava la dentro do lago mano. pulei o muro. Corri. Desmaiei. Pulei Corrimao. Pulei janela de taxi.
Os dois ficaram um tempo atualizando um ao outro sobre tudo daquela noite.
Diogo olhava pra frente meio perdido. A ficha da morte de Leandro nao havia caido. Imaginava que a qualquer momento a porta ia se abrir e Leandro apareceria. Como magica.
A porta abriu, era Leandro.
- Caralho galera. Foi por pouco. - disse leandro. Os outros dois nao falaram nada. Nao tinham palavras.
Tiveram que se atualizar novamente. Leandro falou, e boca doia. Eles riam. Nao sei se de nervoso, se de felicidade.
- Que isso mano, a gente la se fudendo e oce transando? Ah nao velho. e o tal do Barca foi la tirar satisfação com lucas ainda. HAHAHAHA. - Leandro gargalhava, a boca ainda doia.
- Nao é Barca nao caralho. É Raspa. Galera, vou tomar um banho, to malz. - Lucas entrou pra tomar banho. Porta aberta. E la de dentro gritava.
- ENTAO sÓ EU TO COM A PORRA DA MOCHILA?
- Ah mano, ce ta doido. Primeira coisa que fiz foi esconder a mochila.
- Ce teve sorte heim Lucas. Que a Familia la te ajudou. - continuou Diogo.
Nesse instante passou pela cabeça de lucas um pessimo pressagio. Ele nao tinha conferido a mochila desde que saiu da casa do Ricasso Frederico. Lembrou do desmaio e como a mochila
estava la num canto longe da sala cheio de latas.
- Ah nao, ah nao. - Correu lucas pelado enrolando na toalha, molhando o chao todo.
Pegou a mochila. Estava pesado. Podia ser qualquer coisa. Até latas com tijolos. Abriu a mochila. parece que demorou um seculo. Olhou pra dentro dela, seu coracao parou.
A familia do morro tinha suas virtudes. Tinha carater e etica. Lucas nao duvidava que eram boa gente. mas Lucas entende tambem como a dificuldade pode gerar atitudes desesperadas.
Foi com alivio que constatou que estava tudo la. Garfos de prata, facas, tudo.
- porra é essa Lucas?! ta molhando o chao todo porra. - Diogo estava no sofa com os pés levantados se nao lucas teria passado por cima pisoteando.
- Caralho mano, que susto. Achei q a galera la da casa que me ajudou tinham pegado tudo.
- Era a primeira coisa q eu teria feito ao sair da casa - Diogo acendeu o tabacoso.
- Ah mano. Aconteceu rapido demais as paradas. E essa porra desse raspa apareceu la querendo me fazer de peneira. Passa o tabacoso ai. - lucas pegou o tabaco, deu uma tragada profunda.
Se sentiu mais leve. Estava em casa. Todos estavam la. Que noite.
- Esse tabacoso ta durando heim. - Leandro falava meio abafado, deitado no grande sofa com uma bolsa de gelo na boca. Tomou um dorflex. Tinha q esperar até amanha.
Seu dentista devia estar no decimo sono.
- Vou falar com o dentista que eu tava descendo de bike num downhill sinistro e dei sorte de nao ter quebrado a cara toda. - Leando queria que a historia fosse muito boa. Ia contar pra
todos no trabalho, pro dentista, pra familia. "Ja que vai mentir, que seja algo fascinante", disse lucas a ele.
Os tres mosqueteiros Dormiam feliz. O Sol havia se escondido a muito tempo, devia estar iluminando outros lucas, diogos e leandros em outra parte do planeta. Em breve daria as caras pelo lado de ca novamente.
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- Ce acha bom atirar nos zotros neh Seu filho da puta. Vamo ver se ce gosta de tomar tiro tambem! - Leandro estava num mix de medo e odio. Falar doia.
Jairo estava la parado na frente de Leandro.
Leandro se assustou ao ver o velho Caindo de joelhos chorando e agradecendo com os olhos fechados e as maos juntas ao peito.
- Oh meu Sao Francisco de Assis. Obrigado meu senhor, deus dos deuses, oh pai, tu és maior. - Jairo estava fora de si. Parecia que ter atirado em alguem foi demais para ele.
preferia morrer como Cristao do que viver como assassino. Podemos dizer até que ficou feliz ao ver leandro em pé. Aparentemente fora de perigo mortal.
Leandro nao entendeu muito bem a situação mas nao teve coragem de atirar.
abaixou a arma.
- Ta bom ta bom, chega de rezação. E essa sua arma de Airsoft nao mata ninguem. Ainda mais na distancia que tava. - Disse leandro olhando pra arma.
Jairo nao sabia do que se tratava o tal airsoft mas estava feliz. Levantou, abraçou o jovem.
- Ei ei, calma ai. Eu sou o bandido aqui, ce esqueceu?
- Voce é filho de Deus assim como todos nós meu Jovem. Voce tem salvação. Vejo nos seus olhos que voce nao é mau.
- Ta eu posso nao ser mal, enfim. Tenho q ir embora olhar esses dentes quebrados aqui. Ou ce vai querer me prender aqui ate a policia chegar?
- Nao chamei policia. Seu Frederico nao gosta de noticias ruins com nome dele circulando por ai. Ele é um otimo patrao. Comprou esse cortador, trouxe de fora do pais.
- ta ta, beleza. Desculpa o transtorno, a gente só queria pegar um pouco da riqueza do seu Frederico ja que ele tem tanto.
Mas agora vejo que nao foi boa ideia. - Leandro estava sendo sincero - prometemos nunca mais voltar. O senhor tem Minha palavra. Me chamo Leandro. - Leandro estava cansado daquilo tudo.
Seu jairo Levou Leandro até o portaozinho.
- é melhor eu chamar um taxi do que passar naquele bairro que tem ali na frente neh? - Leandro frequentou aquele bairro algumas vezes. Comprava maconha da melhor qualidade ali. O traficante
se chamava Raspa, mas em breve estaria morto e outro o substituiria. Assim como todos nós, na verdade.
Seu Jairo ligou para o taxi. Enquanto esperavam o taxi leandro contou como eram inexperientes e que na verdade só roubaram prataria.
Seu Jairo estava feliz, a situação nao terminara em tragedia como ele previa.
O taxi chegou.
"Toca pra Capelinha"
Seu Jairo entrou na casa, fechou o portaozinho,
pegou a agua da oficina, jogou na entrada da casa, limpou o sangue. Foi para a pequena capela que havia na casa e agradeceu até adormecer de joelhos.
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Diogo andava na sala de um lado pro outro impaciente. Chegou em casa achando que todos ja estariam la. Esperava que quando chegasse lucas estaria fumando alguma coisa, fazendo cafe e falando como
eles foram burros nisso nisso e naquilo. Percebeu que teria que fazer o papel de Lucas, Colocou agua no fogo, procurou o cuador, o cafe ficava dentro da geladeira em uma vasilha roxa
de sorvete. Lucas cismava que po de cafe se guarda na geladeira para conservar sei la o que. Pegou o pote roxo. 7 colheres cheias, sem açucar. Sentou pra bolar um.
Nao havia raxixe, nem beck. Tinha tabaco. "É o fim dos tempos mesmo" pensava Diogo e bolou um tabacoso.
Sentou no sofa maior, achou isqueiro, ja ia acender, a porta abriu. Era Lucas.
- Caralho, ainda bem que ce ta vivo! - Lucas ficou feliz de mais ao ver aquele idiota.
- Estamos irmao. Achei que ces ja iam ta aqui. To fazendo cafe. - Diogo acendeu o tabacoso.
- Estamos em parte. Leandro esta morto ou quase.
Diogo cuspiu toda a fumaça num susto
- COMO ASSIM?
- Ce nao viu nao? O tiro pegou em cheio na boca do Leandro mano.
- Nao Velho, Nao VELHO. - Diogo entendendo que a noite nao tinha sido assim tao boa.
- Eu ouvi o tiro, corri, Olhei pra tras pra ver se vinha alguem, sei la, mas a unica coisa que vi foi Leandro caindo pra tras, boca sangrando que nem cachoeira. Dai pra frente eu
ja tava la dentro do lago mano. pulei o muro. Corri. Desmaiei. Pulei Corrimao. Pulei janela de taxi.
Os dois ficaram um tempo atualizando um ao outro sobre tudo daquela noite.
Diogo olhava pra frente meio perdido. A ficha da morte de Leandro nao havia caido. Imaginava que a qualquer momento a porta ia se abrir e Leandro apareceria. Como magica.
A porta abriu, era Leandro.
- Caralho galera. Foi por pouco. - disse leandro. Os outros dois nao falaram nada. Nao tinham palavras.
Tiveram que se atualizar novamente. Leandro falou, e boca doia. Eles riam. Nao sei se de nervoso, se de felicidade.
- Que isso mano, a gente la se fudendo e oce transando? Ah nao velho. e o tal do Barca foi la tirar satisfação com lucas ainda. HAHAHAHA. - Leandro gargalhava, a boca ainda doia.
- Nao é Barca nao caralho. É Raspa. Galera, vou tomar um banho, to malz. - Lucas entrou pra tomar banho. Porta aberta. E la de dentro gritava.
- ENTAO sÓ EU TO COM A PORRA DA MOCHILA?
- Ah mano, ce ta doido. Primeira coisa que fiz foi esconder a mochila.
- Ce teve sorte heim Lucas. Que a Familia la te ajudou. - continuou Diogo.
Nesse instante passou pela cabeça de lucas um pessimo pressagio. Ele nao tinha conferido a mochila desde que saiu da casa do Ricasso Frederico. Lembrou do desmaio e como a mochila
estava la num canto longe da sala cheio de latas.
- Ah nao, ah nao. - Correu lucas pelado enrolando na toalha, molhando o chao todo.
Pegou a mochila. Estava pesado. Podia ser qualquer coisa. Até latas com tijolos. Abriu a mochila. parece que demorou um seculo. Olhou pra dentro dela, seu coracao parou.
A familia do morro tinha suas virtudes. Tinha carater e etica. Lucas nao duvidava que eram boa gente. mas Lucas entende tambem como a dificuldade pode gerar atitudes desesperadas.
Foi com alivio que constatou que estava tudo la. Garfos de prata, facas, tudo.
- porra é essa Lucas?! ta molhando o chao todo porra. - Diogo estava no sofa com os pés levantados se nao lucas teria passado por cima pisoteando.
- Caralho mano, que susto. Achei q a galera la da casa que me ajudou tinham pegado tudo.
- Era a primeira coisa q eu teria feito ao sair da casa - Diogo acendeu o tabacoso.
- Ah mano. Aconteceu rapido demais as paradas. E essa porra desse raspa apareceu la querendo me fazer de peneira. Passa o tabacoso ai. - lucas pegou o tabaco, deu uma tragada profunda.
Se sentiu mais leve. Estava em casa. Todos estavam la. Que noite.
- Esse tabacoso ta durando heim. - Leandro falava meio abafado, deitado no grande sofa com uma bolsa de gelo na boca. Tomou um dorflex. Tinha q esperar até amanha.
Seu dentista devia estar no decimo sono.
- Vou falar com o dentista que eu tava descendo de bike num downhill sinistro e dei sorte de nao ter quebrado a cara toda. - Leando queria que a historia fosse muito boa. Ia contar pra
todos no trabalho, pro dentista, pra familia. "Ja que vai mentir, que seja algo fascinante", disse lucas a ele.
Os tres mosqueteiros Dormiam feliz. O Sol havia se escondido a muito tempo, devia estar iluminando outros lucas, diogos e leandros em outra parte do planeta. Em breve daria as caras pelo lado de ca novamente.
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