Jorge e as moscas
Jorge e as moscas
ATO I
Leandro e Bruno estao sentados na calçada de uma rua qualquer.
- Que horas ce marcou com Pedro?
- Falei pra vir as 17h.
- E quantas horas sao agora?.
- 16:50.
- Mais 10 minutos e a gente vai.
- Pedro é pontual Bruno, relaxa. Fuma um cigarro.
- Parei de fumar, tava acabando com a minha voz.
Bruno olha pro alto.
- Eu queria ser urubu na proxima encarnação.
- Nao existe encarnação Brunim, é tudo balela. A vida é uma só, cada ser tem a sua.
Nao existe espirito nem nada. Somos poeira no vento.
- I CLOOOOSE MY EYEEEES, ONLY FOR A MOMENT AND cof cof cof...
- Ter parado de fumar nao ajudou em nada sua voz Brunim.
- AVE BANDO DE DOIDOS. - Gritou Pedro anunciando sua chegada.
- Boa, agora que pedro chegou vamos la. - Disse bruno levantando e ja andando.
- Boa tarde bruno, dormiu comigo?
- Tava era entediado de te esperar.
- Eu tava trabalhando, alguem tem que girar a roda do capitalismo.
- ah beleza, ce tava era soltando pipa que eu sei. Homem velho desse, dia inteiro correndo atras de pipa.
Andaram os tres pela rua.
Pedro: Onde a gente vai?
bruno: Pois é, onde a gente vai?
Leandro: Vamos ajudar Camilo com a mudança?
bruno: Camilo vai se mudar denovo?
Leandro: Vai.
Bruno: Po mas ele nao para em casa nenhuma. Tambem, aquele cara que mora com ele é um songo mongo. Nem eu aguentaria.
Todos eles andam andam andam, sobe rua, desce rua, um corre atras do outro, brinca de luta...e chegam na frente da casa de Camilo.
Pedro: OH DE CASAAAAAA. TEM PAO VELHO?
Bruno: AQUI É A POLICIA ABRE ESSA BUDEGA OU VAMO TE ENCHER DE BALA.
Leandro: Ce nao engana ninguem bruno.
Leandro sobe os 4 degraus de escada bate na porta. Espera um pouco, faz uma dancinha meio estranha. Bate denovo. NADA.
PEdro: ce combinou com ele que viria hoje as 17:30?
Bruno: Leandro O SENHOR por um acaso combinou com ele?
Leandro: combinei po. Eu heim, nao enche.
BRuno: Bate mais forte ai, nao tem vizinho mesmo, a casa mais solitaria do bairro. Senta a Mao na porta.
Leandro: Nao preciso disso.
Leandro bate novamente na porta de forma educada. Olha pra tras faz careta.
A porta se abre. Era Camilo. Junto com ele vem um cheiro horrivel la de dentro.
Leandro: Camilo de deus, que cheiro é esse?
Bruno: Nossa eu vou vomitar.
Pedro: Tem alguem morto ai dentro.
Camilo olha pra eles com sorriso amarelo.
Camilo: voce sempre foi bom em adivinhacao neh Pedrinho. Matei jorge.
FIM DO ATO I
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ATO II
Todos Olhavam para Camilo com cara de espanto.
Leandro: Voce o que? Comassim camilo, que caralho de frase é essa "matei jorge". Cade o corpo.
Camilo: É só seguir as moscas.
Leandro, Bruno e pedro botaram a camisa no nariz e adentraram na casa. Jorge tava la, deitado na cozinha, o corpo deitado mas a cabeça encostada na parede,
como se estivesse vendo alguma coisa la na frente. Uma poça de sangue ja dura envolvia o corpo.
Pedro: Eu to fora dessa.Vou vazar.
Leandro: Calma mano, a gente nao fez nada, calma.
Bruno: Camilo. Camilo. Olha pra mim. Camilo.
Bruno foi ate camilo e deu um puxao no seu rosto.
Bruno: Camilo, explica, fala alguma coisa.
Camilo: A gente vivia discutindo, Jorge é um escroto. Nao tenho arrependimento nenhum. E outra, se ces quiserem ir embora que vao. Nao vou meter voces nessa.
Leandro: comassim? Camilo, ce matou o cara que morava com voce, nao tem como esconder isso. Vao notar a ausencia dele, por mais que voce esconda o corpo.
Camilo: O pior sao essas moscas malditas.
Bruno: Isso eu tenho que concordar.
PEdro que estava la analisando o corpo todo esse tempo disse.
Pedro: Foi paulada foi?
Camilo: a gente brigou, ele tentou me bater mas eu dei um gancho, ele caiu de nuca ai na parede, sangrou sangrou e deu nisso.
Pedro: Que gancho heim.
Leandro: ta, mas e ai? Vamos dar jeito nesse corpo? Vamos na policia? O que ce quer fazer camilo.
Camilo: Eu nao sei direito, só sei que to com fome e nao to com estomago de comer por aqui..."priiiiiiiim Priiimmmm"
Pedro: que porra é essa?
Leandro: É o telefone do Jorge.
Bruno: Devemos atender?
Camilo: Melhor nao. É a quarta vez que toca.
Leandro: parece que caiu na caixa postal, vamo ouvir.
Bruno: isso, vamo ouvir.
Camilo: ta, usem um pano pra nao deixar as digitais no celular dele.
Leandro: Agora ce quer ser cuidadoso? Que interessante.
Pedro pega o celular e poe pra ouvir a msg.
- Voz no celular: vuvuzuliribiritiri viririiitusicui...
Bruno: Poe no alto falante pra gente ouvir, caralho.
- VOZ NO CELULAR: ...e é isso, nao mais aviso. "PUM" desligou.
Bruno: volta a msg ai, deu pra entender nada mas poe no viva voz.
- VOZ NO CELULAR: "O Seu arrombado, eu nao quero saber de desculpinha, seu prazo era até hoje. Voce tem até 21h pra me pagar, e é isso, nao mais aviso."
Leandro: Ta, fica ai com o cadaver, dê uma de zaratruta, troca uma ideia com ele que eu vou buscar comida pra tu
Camilo: Mas eu nao vou aguentar comer com esse cheiro.
Bruno: É verdade, nao da.
Pedro: Entao vamo com a gente. Deixa o Jorge ai, ele ta bem acompanhado.
Leandro: Pelas moscas neh.
Camilo: Ta, entao vamos fechar essa casa e arrumar algo pra comer.
Nisso os quatro saem da casa. Fecham bem fechado.
Andando pela rua.
Pedro: É, eu sai da casa mas a casa nao saiu de mim. O Cheiro ta em mim ainda.
Todos concordam baixo: "é em mim tb" um diz, outro cheira a roupa, e resmunga algo e seguem andando.
Pedro: Eu tenho um amigo bombeiro, ele me falou que o segredo é vick vapurube.
Leandro: O que? Explique se melhor.
Pedro: vic vapurube.
Leandro: EU ja entendi o que é porra. quero saber onde entra o vic vapurube pra resolver um assassinato.
Pedro: NAo resolve o assassinato, resolve o mal cheiro.
BRuno: Vai gastar uns 1000 potes de vic pra dar conta de passar no corpo inteiro.
PEdro: Nao é no corpo, porra. A gente.... pera. Tinha uma birosca na rua ali atras, vamos voltar comprar algo la. É mais perto acho.
Todos concordam e resolvem voltar.
Bruno: mas nao foge do assunto, faz o que com o vick vapurube.
Pedro: passa dentro do seu proprio nariz.
Leandro: Faz sentido.
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